Como são os museus e a praia de Matanzas (Cuba) e uma recomendação para quem pretende ir

Na saída de havana para Matanzas, embarcamos em um ônibus típico de viagens, mas, bastante antigo. No caminho fomos conversando com duas japonesas que moravam na Califórnia, enquanto admirávamos partes de mata quase virgem, os campos de tabaco e outros tipos de cultivo. Assim que descemos do ônibus em Matanzas, antes mesmo de pegar as malas no bagageiro, já fomos abordados por cubanos oferecendo hospedagem. Rapidamente escolhemos uma casa com bonitas fotos, perto da praia e com bom preço. Realmente era uma boa casa, num bairro chamado La Playa, mas, o que nos interessava não estava dentro de casa. Matanzas tem uma praia tranquila e a cidade possui muitos museus. Passamos a noite na praia e, enquanto comíamos um sorvete sentados na areia, nos chamou muito a atenção um grupo de cubanos que ligaram um rádio antigo e potente na beira da praia quase vazia, viraram os auto falantes para a água e ficaram no mar bebendo, brincando e ouvindo a música romântica. Nunca vi um filme que se passava à noite na praia, mas, me senti parte de algum filme.

No dia seguinte, fomos andando até o centro de Matanzas a fim de tomar café da manhã e depois visitar os museus. Estava difícil encontrar um local bom para tomar café da manhã, quando, próximo a uma padaria (que realmente só tinha pão), visualizei um local chamado Casa de la Memoria Escénica com uma estátua de madeira do Dom Quixote dentro e insisti à minha namorada para que entrássemos. Ela relutou bastante, pois, mesmo gostando ainda mais do que eu do personagem mais famoso da literatura hispânica, estávamos de barriga vazia e ela queria primeiro comer.

Statue of Dom Quixote
Estátua/Escultura toda feita em madeira, na Casa de la Memoria Escénica, em Matanzas – Cuba

Após conseguir convencê-la, já estávamos com um pouco de mau humor devido à fome e uma breve discussão sobre se entraríamos ou não no local antes do café da manhã, mas ao entrar no local que contrastava totalmente com ambiente externo, tudo mudou de repente e logo fomos recepcionados por uma senhora de 70 e poucos anos, extremamente simpática, chamada Helena. Ela nos deu uma breve explicação sobre o local, admiramos as estátuas em madeira e quando entramos na parte dos fundos, foi possível ver algumas mesas e cadeiras de metal e ouvir um convite para o desayuno. Pensei que tudo isso fosse delírio, mas não era. Era exatamente o que queríamos. Tomamos um bom café da manhã por um preço comum, mas que, devido ao ambiente, tornou-se barato. Gostamos tanto do local, da conversa com a senhora Helena e da maneira que fomos recebidos pelas demais pessoas que estavam na Casa de la Memoria Escénica que achei imprescindível divulgar o endereço para futuros viajantes. Apesar de tratar-se de um centro cultural, não foi fácil encontrar o endereço exato para informar por aqui, mas, após uma exaustiva pesquisa em sites cubanos, encontrei o endereço do local, que fica en el inmueble número 28007 de la calle de Milanés, próximo à uma padaria que só tem pães e próximo ao museu histórico de Matanzas. Após tomarmos um dos melhores cafés da manhã de toda a viagem, seguimos caminhando até o museu histórico. O museu é extremamente interessante, com diversos objetos da época em que Cuba era uma colônia espanhola cheia de escravos. Muito bom para aprender um pouco sobre a história de Cuba e da importância histórica da cidade de Matanzas. No museu, também nos chamou atenção uma piranha do Brasil e uma Múmiaa saída, como a parte de fora do museu estava extremamente quente (era o sol do meio dia) ficamos proseando um pouco com funcionários do museu enquanto aproveitávamos o ar condicionado e tomávamos coragem para voltar a caminhar debaixo do sol, quando uma funcionária nos informou que tinha parentes morando no Brasil e que foi ela quem trouxe a piranha empalhada. De lá, fomos andando ao museu de arte que, como é perto, pode ser que compense, mas não é tão interessante e depois fomos ao museu da farmácia, que gostamos demais e recomendamos muito. Como já estava perto do horário que tínhamos marcado com o taxista para nos pegar em casa e ir até Varadeiro, fomos para casa arrumar as coisas. No caminho de volta, encontramos um posto de combustível com um nome bastante realista do ponto de vista político-internacional: Oro Negro.

Gasolinera Oro negro
Posto de gasolina chamado Oro Negro, em Matanzas

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